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Reprodução do caranguejo "Sesarma rectum"
 
Walther Ishikawa - Relatório de reprodução do "Sesarma rectum"

 

Relatório de reprodução do caranguejo Sesarma rectum

 

Apresentação

            Em 2011 tive a grata experiência de reproduzir estes caranguejos em cativeiro, foi a primeira reprodução bem sucedida de crustáceos do mangue aqui em casa, cujas larvas dependem de água salobra, e até onde sei, a primeira documentação de reprodução desta espécie por um criador amador (eu, rsrs...).

            Agora, falando sério, não foi muito difícil. E não é falsa modéstia. Esta espécie tem um padrão parcialmente abreviado de reprodução, possui larvas planctônicas, mas somente três fases de zoea, além da megalopa. É uma espécie relativamente grande (pouco mais de 3 cm de largura de carapaça), com larvas também grandes, o que facilita um bocado as coisas. Seu tempo de desenvolvimento larvar é curto, cerca de 18 dias, até mais curto do que muitas espécies de reprodução mais abreviada. E além de tudo, seu desenvolvimento já foi bem estudado, com parâmetros ideais de salinidade já conhecidos. Mamão com açúcar. Se algum dia você quiser se aventurar na reprodução destes caranguejos estuarinos, eu sugiro começar com esta espécie.

            Uma ajuda fundamental foi da colega aquarista alemã Ulli Bauer. Ela é bastante ativa em vários sites e fóruns alemães e em língua inglesa, com uma vasta experiência na criação de caranguejos semi-terrestres. Além de muitas dicas valiosas, ela me cedeu um texto em inglês traduzido do alemão, com o relato da reprodução de uma espécie asiática de Pseudosesarma, com um padrão reprodutivo semelhante.

 



Fêmea ovada de Sesarma rectum, ovos maduros a cerca de 1 hora antes da eclosão. Não é a mesma fêmea da primeira foto do artigo. A fêmea foi separada em um pequeno aquário para a eclosão dos ovos.


Os caranguejos adultos

 

Adultos do Sesarma rectum foram coletados em um estuário na região central de Caraguatatuba, litoral norte do estado de São Paulo, em junho de 2011. Foi no estuário do Rio Santo Antônio, bem no meio de uma região residencial, num local bastante degradado por ação humana, muito lixo e entulhos, mas sem poluição. Recebia a água drenada das calhas das ruas residenciais da região, mas não recebia esgoto. Obviamente fora de qualquer área de preservação ambiental, totalmente legal.

Os animais estavam escondidos debaixo de troncos e pedras, a cerca de 2~3 metros da linha d´água, no momento da maré baixa. Por acidente, acabei coletando duas fêmeas e um macho. Ia coletar somente um casal, mas confundi uma das fêmeas, achei que se tratasse de outra espécie. São três adultos, a fêmea maior media 2,7 cm de largura de carapaça.

Os adultos eram criados em um paludário comunitário, num tanque de cerca de 500 litros (100 x 60 cm de base), com cerca de 20 litros de água salobra, metade da área alagada, e metade seca. Salinidade de 9%o, inicialmente mantinha uma lâmpada UV nos dias mais frios, que depois julguei desnecessário. Dividiam o ambiente com outras espécies de caranguejos, como Ucas, Armases, Pachygrapsus, um Uçá, um Catanhão e um grande Guaiamum.



Fêmea ovada no paludário, com o pleon aberto, limpando os ovos com suas quelas.


Alimentavam-se essencialmente de frutas, legumes e folhas variadas, estas últimas coletadas de arbustos perto da minha casa. A alimentação era complementada com pequenas quantidades de proteína animal, como filé de peixe, queijos magros, Gammarus seco e ração de peixes ornamentais. Recebiam também ração para jabutis. Eventualmente era fornecida também uma suplementação de cálcio, na forma de produtos para répteis, ou comprimidos mastigáveis de uso humano.

Os adultos se desenvolveram bem, muitas ecdises, e uma rica interação social, com danças nupciais e comunicação através de sons. Presenciei cópulas, e em uma ocasião consegui filmar todo o ato, que apresento a vocês:


Cópula de Sesarma rectum. Note como o macho estimula a carapaça da fêmea com suas garras. Veja também o macho percutindo o solo com suas garras e pernas, comunicando-se com sons. A luz avermelhada é a iluminação especial para aquecimento de répteis.

 

Desova, desenvolvimento dos ovos e eclosão

 

No total, foram cerca de cinco a seis desovas no meu terrário, com erros e acertos. Na primeira vez nem percebi que a fêmea estava ovada, só percebi quando os ovos eclodiram, com as larvas já moribundas na porção aquática do tanque (não sobrevivem a baixas salinidades).

A segunda ocasião também não foi perfeita. Baseada na literatura, estimei o tempo de desenvolvimento dos ovos em cerca de 52 dias. As larvas nasceram em duas semanas, e tive que coletá-las do paludário usando uma pipeta. Neste processo, acabei perdendo boa parte das larvas. Mas as sobreviventes se desenvolveram bem.

Daí em diante, “mais esperto”, me baseei mais na coloração dos ovos, e no tempo aproximado das eclosões anteriores. Os ovos mudam de tamanho e cor durante seu desenvolvimento, inicialmente são opacas e de cor marrom, com o tempo se tornam acinzentadas e translúcidas. No final do desenvolvimento embrionário, os ovos ficam mais “soltos”, e é possível a visualização dos pequenos olhos escuros das larvas no seu interior.



Ovos recém-postos, ainda com aspecto opaco e colorido vivo.


Ovos com 3 dias.


Ovos com 9 dias.


Ovos com 12 dias, embriões bem visíveis, e mais fracamente aderidos uns aos outros.


Ovos com 12 dias. Note os olhos escuros.


Nas últimas vezes, já conseguia separar a fêmea ovada alguns dias antes da eclosão dos ovos. Ela era colocada num pequeno aquário com cerca de um litro de água salobra a 9%o e uma pedra para ela se apoiar, e sair da água. Sem aeração ou nenhum outro equipamento. Em uma ocasião testemunhei o momento da eclosão, mas infelizmente não consegui filmá-lo. Ouvi um som percussivo, com um ritmo bem acelerado, quando fui ver, era o som do abdômen da fêmea batendo no fundo do aquário, quando ela agitava o pleon e liberava as larvas na água. A água fica cheia de larvas, uma verdadeira “nuvem” de milhares de pequenos animais nadando freneticamente. É uma visão fascinante! O processo dura somente alguns minutos, depois, a mamãe era devolvida ao paludário.

 




Larvas recém-nascidas. Na última foto, as larvas atraídas pela luz, com uma lâmpada acesa junto ao vidro.


Desenvolvimento das larvas

 

            Esta espécie de caranguejo tem um padrão reprodutivo parcialmente abreviado, com três fases de zoea além da megalopa. A eclosão das larvas se dá em ambientes de menor salinidade, mas as larvas são levadas pela correnteza dos rios até próximo da desembocadura no mar, onde encontram um ambiente com salinidade mais alta e riqueza de alimentos planctônicos, e é importante simular estes parâmetros no aquário de criação.

            As larvas foram criadas em um aquário comum, de vidro, com 30 litros de capacidade. Foi preenchida até a metade com água salobra a 9%o, a mesma do pequeno aquário onde as larvas eclodiram, para evitar mudanças bruscas de parâmetros. Esta água salobra foi feita misturando-se água de torneira tratada com Aquasafe e água marinha comprada em uma loja, na proporção de 3:1.

Possuía aerador, bem simples, com uma bomba de ar e pedra porosa. Seguindo a sugestão dos colegas alemães, o tanque não possuía filtro. Quando tentei reproduzir camarões Macrobrachium com fase larvar em água salobra, adaptei um filtro hang-on, diminuindo a vazão e colocando espuma na sua entrada, para não sugar as larvas. Não usar nenhuma filtragem foi inicialmente uma surpresa para mim, mas que no final provou ser a melhor opção.

Ao contrário da experiência alemã, usei um “bare-tank”, não tinha iluminação, nenhum substrato, e sem aquecedor (já que era verão). Após receber as larvas, foi acrescentada água salgada até atingir uma salinidade de 25%o, que é a faixa ideal para seu desenvolvimento. Daí em diante, a única reposição foi da água evaporada. Realizei umas duas ou três sifonagens durante todo este período, mas sem TPAs ou controle de parâmetros.



O aquário onde as larvas foram criadas. Na realidade, esta foto é da época que tentei reproduzir camarões Macrobrachium, mas o aquário é o mesmo, a única diferença é que o filtro visível na foto foi retirado, e colocado um aerador simples. Atrás do aquário pode ser visto uma luminária, usada para atrair as larvas e náuplios de Artemia na hora da alimentação. À direita na foto, podem ser vistas as duas garrafas PET para eclosão dos cistos de Artemia.


Em paralelo, foi necessário providenciar a alimentação, náuplios recém-eclodidos de Artemia salina. Comprei os cistos secos de um criador, pela internet, e montei dois recipientes de criação, com duas garrafas PET cortadas, aerador e pedra porosa. Montei dois, para ter um aporte sempre constante de náuplios, revezando os dois recipientes, eclodindo uma nova remessa de cistos a cada dois dias. As larvas zoea I recém-nascidas dos caranguejos não se alimentam, consumindo nutrientes de seu saco vitelínico. Em condições extremas, podem sobreviver até zoea III sem alimentação. Desta forma, no dia do nascimento das larvas, dei um “start” na criação das Artemias, acrescentando os cistos a uma das garrafas PET. Os náuplios ecodem em 24~48 horas, o que dá um “timing” perfeito. O aerador era desligado, os náuplios eram atraídos por uma fonte de luz, sifonados com uma mangueirinha e coados com um pano comum e um pote de sorvete. Eram oferecidos uma vez ao dia, com o filtro desligado por cerca de meia-hora, até o final da metamorfose de megalopa para juvenis. Durante este período, as larvas não receberam nenhum outro tipo de alimentação.

 

Zoea

 

O tanque de criação fervilhava com larvas zoea. Não se parecem nem um pouco com os caranguejos adultos, tem o corpo arredondado e transparente, grandes olhos escuros e uma pequena cauda. Permanecem na coluna d´água, e nadam dando pequenos saltos.

Durante a alimentação, o aerador era desligado, para que a corrente de água não possa atrapalhar a captura do alimento pelas larvas. A luz ambiente era desligada, e uma lâmpada acesa em um canto do aquário. Tanto as larvas zoea quanto os náuplios de Artemia são atraídos para a luz. Isto gerava uma grande concentração de ambos junto da lâmpada, o que facilitava a captura dos náuplios pelas larvas de caranguejos.

Este mesmo artifício de atrair as larvas com a luz foi usada nos momentos onde era feita a sifonagem dos detritos.





Zoea de Sesarma rectum, três dias de vida.



Zoea com sete dias de vida.

Poucos dias após o nascimento dos zoea, estas já começavam a crescer e passar por ecdises. Diminutas “mudas” (exúvia) transparentes e esbranquiçadas podiam ser vistas flutuando na coluna d’água.

 

Megalopa

 

Depois de dez dias, surgiram as primeiras megalopa, com seu típico aspecto achatado, lembrando um caranguejinho com cauda. Foi fascinante poder ver suas perninhas mais bem desenvolvidas, além das pequenas garrinhas, cada vez mais com o aspecto de caranguejos. Eles podiam controlar melhor seu nado, ao contrário dos zoea, que se moviam mais caoticamente.





Megalopa de Sesarma rectum, doze dias de vida.


Há uma mudança também no seu comportamento, as megalopas são mais ativas, caçando seu alimento de forma mais coordenada. Além das Artêmias, vi em várias ocasiões as megalopa se alimentando de zoea. Artigos descrevem também canibalismo (megalopa se alimentando de megalopa), mas não testemunhei isto.

Além de natantes, as megalopa de estágios mais avançados caminhavam pelo vidro do aquário, aparentemente se alimentando das micro-algas aderidas, usando suas pequenas garras. Parece que cada vez mais eles estão deixando de ter um comportamento pelágico, e adquirindo um modo de vida bentônico. Nas etapas finais, já praticamente não nadavam, caminhando no fundo do tanque ou dando pequenos saltos.





Megalopa no vidro do aquário, quinze dias de vida.


Megalopa no vidro do aquário, raspando algas. 19 dias de vida. Note o abdomen cada vez mais curto.


Alguns trabalhos recentes mostraram que a metamorfose final de megalopa para juvenil em outras espécies de Sesarma pode ser estimulada pelo odor químico ou presença de adultos. Desta forma, ao final do desenvolvimento, coloquei uma muda (exúvia) de um adulto no aquário. Mas o quanto isto contribuiu para o sucesso, não sei.



Megalopas no fundo do aquário, 16 dias de vida. Note os pedaços de carapaças de adultos (exúvias), e os vidros com algas. 


Tive a impressão também que o desenvolvimento das larvas não era uniforme, talvez relacionado à alimentação, ou algum outro fator. Quando surgiram os primeiros juvenis, ainda era possível ver alguns zoea em fases finais, além de megalopa em várias etapas de desenvolvimento.

Outro detalhe curioso, eu consegui ver alguns megalopa com morfologias anormais, bizarras. Olhos muito próximos, corpo alargado, ou seja, animais deformados.  Talvez faça parte do desenvolvimento destas larvas, uma parte não consiga completar sua metamorfose, por algum motivo. Além do intenso canibalismo, além de mortes por outros motivos, talvez isto explique o número reduzido de larvas que conseguem chegar à fase juvenil, mesmo no aquário sem predadores. Das milhares de larvas que nasciam, somente algumas dezenas chegavam à fase de juvenil.

 


Megalopas e Juvenis, alguns deformados. Note o indivíduo no canto inferior esquerdo, na segunda foto, com olhos muito próximos. 26 dias de vida.


Juvenis

 

Após um período de 18 dias, finalmente vislumbrei o primeiro caranguejo juvenil. Exatamente uma miniatura de um Sesarma, mas com o corpo clarinho, translúcido. Mas mesmo com este tamanho, já mostrava uma bela padronagem mimética, com manchas e faixas acastanhadas, bem diferentes da coloração adulta.





Juvenil de Sesarma rectum, 18 dias de vida.


Foi interessante ver também que eles já tendiam a abandonar a água, com um comportamento anfíbio. Escalavam a mangueira do aerador recoberta de algas, ficando parcialmente emersos. E caminhavam de lado, como um adulto, ao contrário dos megalopa, que caminhavam de frente.

Montei outro aquarinho, com pedras parcialmente submersas, e transferi os juvenis. A água deste paludário já tinha uma menor salinidade, de 12%o, mais próxima à salinidade do paludário com os adultos. Nesta fase os caranguejos já têm mecanismos bem desenvolvidos de osmoregulação, não fiz nenhuma adaptação gradual de salinidade, simplesmente tirava os juvenis do aquário a 25%o e colocava no paludário a 12%o. Eles passavam boa parte do tempo sobre as rochas, fora d’água, mas corriam rapidamente para a porção aquática ao menor sinal de perigo.

Nesta fase, os animais já recebem ração de peixes. Percebi também que nesta etapa os caranguejinhos são extremamente agressivos e canibais. Em uma ocasião, um caranguejinho maior, de uma geração anterior, dizimou todos os novos juvenis de uma geração seguinte que introduzi no mesmo tanque.





Juvenil com 46 dias de vida.


Neste momento já podem ser introduzidos de volta no tanque dos adultos. Os caranguejos adultos estavam tão bem adaptados ao paludário que eles se reproduziam sem parar. Ironicamente isto acabou sendo um problema, porque eu não tinha como criar tantas larvas. Chegou um momento que tive que tomar uma decisão drástica: separar os adultos, para impedi-los de se reproduzirem. Doei um casal de adultos, mas  mantive ainda uma fêmea adulta no paludário, a mais velha das duas. Escolhi ela porque ela já tinha sido coletada mais velha, era maior, e com cicatrizes em um dos olhos e na região ventral (é o animal da segunda e terceira foto do artigo). Era mais lenta e mais pacífica dos três Sesarmas, criei ela por três anos no paludário. Considerando a expectativa de vida destes animais, acredito que ela tenha morrido de senilidade.

Outra questão foi o que fazer com tantos filhotes. No final, acabei me decidindo por soltar os animais no local onde os adultos foram coletados. Pesquisei bastante, e, sendo bastante rigoroso, não é a melhor decisão, do ponto de vista ecológico. Todo animal criado em cativeiro corre o risco de ser um vetor de doenças, e não é recomendado a liberação de animais criados na natureza, mesmo no seu habitat de origem. O mais correto teria sido sacrificá-los. Entretanto, estes filhotes foram criados de forma bastante isolada, sem contato com outros organismos, sendo assim bastante improvável que carreassem doenças. Outro risco seria desequilibrar o ambiente de origem, pela introdução de um número excessivo de indivíduos, obviamente esse risco não existia.

Desta forma, viajei novamente para Caraguatatuba, e soltei cerca de 100 juvenis no estuário. Ironicamente, no dia anterior à viagem,  nasceram também a última "leva" de larvas da fêmea que ainda mantinha, essas larvas foram também liberadas no mesmo dia.






Juvenis com 58 dias de vida. Note a variação nas dimensões e dos graus de desenvolvimento.
 

Apesar de serem animais bastante interessantes, os Sesarma rectum são um pouco maiores do que os outros caranguejos de estuário, desta forma, os poucos casos de agressividade e predação que tive no meu paludário comunitário foi com esta espécie. Por este motivo, decidi liberar todos os filhotes, e manter somente aquela fêmea mais velha.  Daí aconteceu algo bastante interessante.

Depois de passar os juvenis para o aquário menor, aquele primeiro aquário onde as larvas foram criadas teve sua aeração desligada. Estava bastante atarefado, e posterguei a limpeza dele. Ou seja, ele ficou com a água salobra, sem nenhuma manutenção. Inclusive, com o tempo quente, a taxa de evaporação foi alta, com consequente aumento da salinidade. Um belo dia, depois de uns três meses, avistei um caranguejinho vivo escalando o tubo do aerador desligado! Era um filhote que acabou ficando neste tanque, possivelmente oculto em meio aos detritos e pedaços de exúvia do adulto. Deve ter se alimentado de algas e micro-organismos, e viveu numa salinidade bem maior do que o habituado na natureza.

Capturei ele, e introduzi no meu paludário principal, onde vive bem até hoje. Cada vez mais está ficando parecido com um Sesarma adulto, perdeu a padronagem mimética, e está com uma cor mais sólida, cinza-acastanhada.







Sesarma rectum nascido em cativeiro, 6 meses de idade.


Todo o processo de reprodução foi uma experiência bastante gratificante, e também uma grande vitória, porque foi  a primeira vez que houve sucesso na reprodução destes animais, por um criador amador, e de forma muito bem documentada. Ainda mais no Brasil, onde a criação de caranguejos em paludários ainda engatinha como hobby.

  Espero que este artigo ajude a difundir a criação destes maravilhosos animais, e que outros colegas possam também aceitar o desafio de reproduzi-los. Outras espécies também podem ser reproduzidos com a mesma facilidade, como os Armases. E daí, quem sabe tentar algo mais difícil, que é a reprodução de espécies com fase larvar mais prolongada, como Ucas, Guaiamuns e Uçás... Afinal de contas, o sucesso na reprodução sempre foi o "coroamento" de qualquer  criação de animais em cativeiro!

Muito obrigado!

 

 A bibliografia deste artigo pode ser encontrada na ficha desta espécie, que pode ser acessada aqui.

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