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“CrabWatching” em Manguezais
 
Observando caranguejos em manguezais e estuários



Introdução


Muitas pessoas consideram os manguezais locais sujos, fétidos e sem vida. Não há engano maior. Biólogos encaram os manguezais como focos de alta bioprodutividade, com uma riqueza de formas de vida comparáveis a recifes de corais. Embora não sejam ricos em espécies, os manguezais se destacam pela grande abundância das populações que neles vivem. Manguezais são ecossistemas costeiros de transição entre os ambientes terrestre, marinho e lótico (rios e riachos), tipicamente encontrados em regiões tropicais e subtropicais. Este encontro destes três ambientes distintos explica a complexidade destes habitats, que sofre grande influência do regime das marés.

O Brasil é abençoado por uma grande extensão de manguezais ao longo do seu litoral, uma das maiores do mundo, estimada em cerca de 25.000 km2, que, embora muito degradada pela ação humana, ainda pode ser bastante apreciada. É dominado por uma vegetação típica, constituída por árvores chamadas de “Mangue”, com uma fauna e flora características associadas. Além da fauna residente, os mangues atuam como “berçários” naturais, não somente para as espécies típicas destes ambientes, mas também para peixes e outros animais pelágicos que migram para estas áreas costeiras para se abrigarem e reproduzirem. E, dentre a fauna residente destes habitats, tem destaque a grande variedade de caranguejos.






Manguezal do Rio Escuro, Praia Dura, Ubatuba (SP).


Diversos zoólogos consideram a biodiversidade de caranguejos de mangue brasileiros a maior do mundo. Dos caranguejos, um dos grupos mais conhecidos é o Caranguejo-Violinista, ou Chama-Maré (antigo gênero Uca spp.), representado por dez espécies brasileiras. Como exemplo de extraordinária biodiversidade, existem dois locais no Rio de Janeiro (Barra de Guaratiba, e Itacuruçá) onde podem ser encontradas todas as dez espécies de chama-marés (biodiversidade alfa igual à biodiversidade gama), muito além daquela encontrada no “segundo lugar”, Sulawesi, ilha da Indonésia (seis espécies).







Riachos e estuários em áreas urbanas de Caraguatatuba (SP), bastante degradadas por ação humana. Embora menos atrativos, uma rica fauna de caranguejos também pode ser encontrada nestes locais.


Se você é, como eu, um amante de invertebrados, observar esta riqueza de vida na natureza do nosso país (de certa forma, no “nosso quintal”), é uma experiência sem igual. O título deste artigo é um trocadilho com “BirdWatching”, a atividade de se observar pássaros na natureza, coletando dados, e muitas vezes fotografando-os, muito popular na América do Norte e Europa. Há algum tempo venho fazendo isso com os nossos caranguejos nativos, e é um hobby muito interessante, que gostaria de compartilhar com vocês.

 




Estuário de um grande rio em Aquiraz (CE).



Olhar (observar) ou Pegar (coletar)?


Em face desta extraordinária biodiversidade, é uma grande tentação capturar alguns destes animais, e levar para casa para cria-los em cativeiro. Isto até é possível, e não é difícil. Mas não pode ser feito de forma impulsiva, necessitando bastante estudo, programação e responsabilidade.

Antes de tudo, um pequeno aleta sobre a legalidade deste ato. Todos os manguezais brasileiros são Áreas de Preservação Ambiental Permanente (artigo 2o, Lei Federal No 4.771, 15.09.65) e Reserva Ecológica (artigos 1o e 3o, Resolução CONAMA No 004, 18.09.85), dispensando, inclusive, o estabelecimento formal de unidades de conservação. Ou seja, é uma área protegida, mesmo se não indicada por avisos, placas, etc., onde a coleta de animais não é permitida. E alguns destes caranguejos fazem parte de listas de animais ameaçados (especialmente listas estaduais), e não podem ser coletados. Algumas espécies de interesse comercial têm períodos de defeso, com restrições por sexo e tamanho para coleta. Tudo isto precisa ser checado antes de se pensar em coletar estes caranguejos. Veja um artigo completo sobre  legalidade .

Outro engano comum é achar que estes animais podem ser adaptados para aquários de água doce ou marinhos. Algumas poucas espécies até podem, mas, via de regra, são seres que necessitam paludários de água salobra, cada espécie com necessidades especificas de salinidade, proporção de área seca, etc. Sugerimos que se consulte a seção de  espécies do portal.




Caranguejos em um paludário salobro. Na primeira foto, Sesarma rectum, e na segunda, Leptuca thayeri.



Programando o Estudo de Campo


Grande parte destes caranguejos vive em locais com influência das marés (variações no nível do mar), e as suas atividades diárias obedecem ao seu ciclo. Permanecem entocados durante a maré alta, muitas espécies com tocas no substrato fecham suas entradas neste período, e saem na maré baixa para se alimentar, limpar suas tocas, realizarem exibições sexuais e acasalarem.

Desta forma, a consulta dos horários de maré alta e baixa é uma etapa imprescindível na programação da sua visita de campo. É chamada de “tábuas das marés”, e pode ser visto facilmente na internet (como no site da  Marinha do Brasil ) ou em jornais impressos. Ao longo do dia, existem dois momentos de maré mais alta (prea-mar) e mais baixa (baixa-mar). Cada um destes ciclos demora em média 12 horas e meia. Assim, cada momento de maré mínima (ou máxima) será em um horário um pouco mais tarde do que o anterior. Grosseiramente, a cada dia, vai haver um adiantamento de pouco menos do que uma hora para cada horário de maré mínima.

Se possível, é interessante programar sua visita também em função do ciclo lunar, já que a amplitude das marés varia bastante de acordo com as fases da Lua. Chamadas de "Maré de Sizígia" ou "Marés Vivas", as maiores amplitudes de marés ocorrem na Lua Nova e Cheia, quando a influência gravitacional da Lua e do Sol se somam ao máximo, sendo o melhor momento para as expedições de campo. Ao contrário, no dia seguinte ao Quarto Crescente ou Minguante (atrações gravitacionais anguladas em 90º), as amplitudes serão mínimas, chamada de "Maré de Quadratura" ou "Marés Mortas".

O ideal é que se cheguem ao local durante a maré vazante, algumas horas antes do horário de maré mínima. Alguns caranguejos vivem mais longe da água do que outros. Com a descida da maré, e sua toca emersa, o caranguejo sai de sua toca para suas atividades. Muitos procuram alimentos trazidos pela maré, outros se alimentam do próprio detrito trazido pelas águas. Assim, logo depois que o local da sua toca fica descoberto, o animal sai do esconderijo para se alimentar. E, desta forma, espécies que constroem suas tocas mais longe da água têm suas atividades mais cedo do que aquelas que vivem mais próximo da água, muitas vezes já voltaram para suas tocas no momento de maré mínima. Após o momento de maré mais baixa, com a progressiva subida das marés (maré enchente), a maioria das espécies já estará voltando para seus abrigos, e não será uma boa hora para observá-los.

Outro alerta importantíssimo: Muito cuidado com a subida da maré, para que você não fique “ilhado” em algum local inacessível durante a maré mais alta. Uma dica (além do horário) é atentar-se à correnteza no rio, geralmente há uma inversão de fluxo durante as marés, com uma correnteza em direção ao continente ao longo da maré crescente.

 



Três imagens do mesmo local, em diferentes momentos ao longo do ciclo das marés. Estuário do Rio Cavalo, Itamambuca, Ubatuba (SP). Tome como referência a "ilha" com vegetação à esquerda.



Segurança


Como toda expedição de campo, pensar em segurança é imprescindível. Sempre que possível, faça a atividade em mais de uma pessoa. Leve sempre um telefone celular, com a bateria totalmente cheia. No celular, sempre tenha algum programa que te localize em um mapa (GoogleMaps, o programa de mapas do iPhone, ou até o Waze). Sempre leve uma garrafinha de água potável. Faça o possível para não se afastar muito da margem do rio. Dentro da floresta, é muito fácil se perder. Junto ao rio, pelo menos você terá o rio para se orientar.

E JAMAIS faça qualquer ação que possa trazer algum risco para você. Travessia de rios, troncos e rochas que possam estar instáveis, etc. Como dito anteriormente, não se esqueça do horário das marés. Um último lembrete, embora seja vergonhoso ter que fazer este tipo de alerta, no Brasil infelizmente precisamos pensar em outro tipo de risco quando saímos em campo, que é a violência humana. Informe-se se você está fazendo a sua expedição em um local seguro, e tente não se afastar em demasia da civilização. Não quero ver ninguém sendo assaltado, ou coisa pior.

 



Rio Escuro, Praia Dura, Ubatuba (SP), na primeira foto, a baixa-mar, na segunda, a maré não totalmente baixa. Toda área emersa da primeira foto corresponde ao leito do rio da segunda foto.


Com que roupa eu vou?


Por vários motivos, meu conselho é ir vestido com um jeans velho, uma camiseta velha e um tênis velho. Você até pode ir de chinelo e roupa de praia, talvez seja mais confortável em locais muito quentes, mas tem várias desvantagens. O primeiro ponto são os mosquitos. Manguezais são infestados de mosquitos (pernilongos, maruins, borrachudos), além de mutucas. Um repelente pode ser também uma boa idéia. Também é um local com muitos galhos de árvores, que podem arranhar seu corpo, o que justifica uma roupa mais longa e resistente. O tênis é pelo mesmo motivo, além de ser mais confortável e facilitar a locomoção. Eu sugiro também um par de meias grossas, e um boné. A depender do clima, levar um guarda-chuva também pode ser uma boa idéia. E não se esqueça do protetor solar!

E escolha uma roupa bem velha. O solo dos manguezais é rico em taninos e outros pigmentos orgânicos, certamente suas roupas ficarão manchadas e inutilizadas, além do típico e forte aroma de mangue. Eu costumo ir vestido com uma sunga por baixo do jeans, terminado a atividade, eu tiro a calça, o tênis e a meia, muitas vezes lavo meus pés no próprio rio, me seco com uma toalha que deixei no carro, calço um calçado reserva (que também ficou no carro), jogo toda roupa suja dentro de um sacão resistente de lixo, e vou embora. Na duvida, leve várias toalhas secas e deixe no carro. Um galão de água no carro (para lavar os pés e as mãos) pode ser uma boa ideia também. Sempre é bom se programar para não fazer muita sujeira também no nosso carro, lembrando que o sal é bastante corrosivo e prejudicial, indiretamente, por reter umidade e enferrujar metais. Lojas de pesca vendem uma calça-bota de plástico, pode ser uma opção interessante, mas eu pessoalmente nunca usei.

 


Caranguejos coletados em um estuário em São Sebastião, SP. Acima à esquerda, dois Minuca burgersi. Acima à direita, dois Armases angustipes acima e Leptuca leptodactyla abaixo. O pequeno caranguejo abaixo à esquerda é um Goniopsis cruentata juvenil, coletado por engano (pensou-se que se tratava de outra espécie, como um Armases).


O que mais levar?


Você pode simplesmente não levar nada. Por si, a observação destes animais na natureza já é uma experiência interessantíssima. Mas acredito que muitos vão querer ao menos documentar esta viagem em fotos. Se sua câmera tiver algum zoom telescópico, ainda melhor. Estes caranguejos são bem ariscos, em muitas espécies vai ser quase impossível se aproximar muito deles para uma boa foto. O recurso de lentes para macrofotografia também pode ser bem interessante, especialmente se você estiver disposto a manusear estes animais. Outra sugestão é sempre andar com uma pequena toalha (ou um par de toalhinhas, uma seca e outra úmida), para não encher sua câmera de lama, sem falar no sal.

Se você estiver disposto a “pôr a mão na massa”, e manusear estes caranguejos, algumas outras ferramentas podem ser úteis. Algum recipiente para colocá-los, provisoriamente, como um pote de sorvete vazio. Eu uso pequenas caixas organizadoras de plástico translúcido, podem ser compradas em qualquer mercado grande. Uma rede grande de aquário sempre ajuda a capturar pequenos caranguejos que estão correndo no solo. Da mesma forma, uma pequena pá pode auxiliar na escavação de alguma toca (veja observações abaixo). Ando sempre com um pequeno aquário, para fotografar os caranguejos, e algumas ferramentas para tirar a lama deles (um pincel e uma escova de dente velha). E sempre levo também um punhado de sacos plásticos de supermercado (sempre são úteis), tudo dentro de uma bolsa simples (uma bolsa de pano que ganhei de brinde de uma agência de turismo).

 



Diferentes habitats ocupados por diferentes espécies: Guaiamum (Cardisoma guanhumi), toca em terreno seco na periferia do mangue, na transição com vegetação externa (apicum), já em terra firme longe da água.


Uca maracoani, ocupa áreas alagadas na zona entre-marés, junto ao seu limite inferior. Prefere locais de alta salinidade, e substratos lodosos.



Leptuca leptodactyla, ocupa áreas arenosas próximas da praia, de alta salinidade.



Onde procurar os caranguejos?


Cheguei ao manguezal. E agora? Onde devo procurar os animais?

Depende um pouco de qual espécie você procura. Apesar de, à primeira vista, aparentar ser um monte de caranguejos misturados no local, na realidade, cada espécie de caranguejo vai ocupar um nicho específico, a depender da salinidade (distância da foz), tipo de substrato, umidade do solo (distância da água), presença ou não de vegetação, etc. A depender da espécie de animal que você procura você deve vasculhar um tipo de habitat específico. E, mesmo que você esteja somente “dando uma olhada”, sem nada muito planejado, é bastante interessante observar este tipo de zonação, a distribuição diferencial das espécies.

Atente também à presença de tocas no solo, seu número e aspecto. Ao contrário do Guaiamum, Maria-farinha, etc., caranguejos Uca não enxergam muito bem. Mas são extremamente sensíveis a vibrações no solo. Caminhe com cuidado, sem fazer muito barulho. E, chegando a algum local com muitas tocas, fique bem imóvel por alguns minutos. Os caranguejinhos vão logo sair das suas tocas e iniciar suas atividades, muitos deles bem pertinho dos seus pés.





Sesarma rectum
, esta espécie não cava suas tocas, mas vive em fendas e em baixo de pedras e troncos.



Outra boa dica é revirar troncos e pedras, muitos caranguejos se abrigam nestes locais, e saem correndo quando o objeto é removido, como o Catanhão (Neohelice), Sesarma, Armases, etc. Não se esqueça de colocar de volta o tronco ou pedra no local, tente sempre manter o ambiente o mais próximo possível de como o encontrou. E nem preciso dizer para trazer de volta todo lixo que você produzir no local.

Outro local bem interessante de se procurar é no interior dos acúmulos de água (fitotelmas) de grandes bromélias. Existe uma espécie que comumente habita estes locais, é chamado até de Caranguejo-das-bromélias (Armases angustipes). Outras espécies podem ser encontradas nestes bolsões também, como o A. rubripes. E nos troncos das árvores dos manguezais, pode ser encontrado o caranguejo arborícola Aratu-marinheiro (Aratus pisonii). Extremamente ágil e com boa visão, provavelmente ele vai estar diametralmente oposto a você, atrás do tronco. Olhe com bastante atenção.







Bromélias em manguezais, e no seu interior, o Caranguejo-da-bromélia (Armases angustipes).







A espécie arborícola Aratu-marinheiro (Aratus pisonii), encontrado em troncos de árvores do mangue.



E cavar as tocas? Será que é uma boa opção? Para os chama-marés pode ser uma opção interessante, porque estas espécies constroem tocas relativamente rasas, de uns 40~50 cm no máximo, geralmente menos. Minha dica é esperar o caranguejo se aproximar da superfície, e entrar com a pá a uns 5 cm lateralmente, de forma oblíqua, a idéia é tentar espantar o caranguejo para fora da toca, e não para dentro. Mas as tocas de outras espécies, como o Guaiamum pode chegar a dois metros de profundidade. Se for explorar alguma toca, outra dica é escolher aquelas junto à lateral de pequenos morros, ao invés daquelas escavadas em terrenos planos. São mais fáceis de serem escavadas, lateralmente.

Algumas espécies são bem difíceis de serem capturadas, como o Aratu-vermelho (Goniopsis cruentata) e o Guaiamum (Cardisoma guanhumi), podendo ser usadas armadilhas para este fim.

 


Tocas de Caranguejos-violinistas.


Como manusear um caranguejo?


Uma pergunta bem comum é como “segurar” um caranguejo de forma segura. Geralmente estes animais têm uma quela robusta e bem desenvolvida, capazes de uma “pinçada” bem dolorosa. Mas, devido à conformação da sua carapaça, estas garras não alcançam a sua região dorsal, e é seguro segurá-los pelas laterais da carapaça. Se segura com só uma mão, com o polegar e indicador, pelas laterais da carapaça. Caranguejos de água doce e marinhos também podem ser manipulados da mesma forma, exceto Siris (Portunidae), que têm grandes espinhos nas laterais da carapaça.

Da mesma forma, a captura manual de caranguejos deve ser feita da mesma forma, pressionando o animal contra o solo, com a mão ou com algum objeto macio (como um chinelo, mas não vá esmagá-los!). Eles não conseguem elevar seus braços acima da carapaça, e não vão conseguir pegar sua mão. Se não tiver uma rede, uma opção é jogar sobre o animal algum pano (uma toalhinha, ou uma camiseta), e daí pegar ele.







A forma correta de segurar um caranguejo: pelas laterais da carapaça. Assim, suas quelas não alcançam seus dedos.





Caranguejos pequenos podem ser manipulados desta forma, mas somente os pequenos!







Uma forma alterativa de se segurar caranguejos chama-maré é pela região frontal, apoiando a base da quela maior. Esta forma também facilita o exame da face interna da quela.



Caranguejos pequenos podem ser manipulados de outras formas, por exemplo, segurando-os por baixo, com o polegar na região ventral do seu corpo (as garras só alcançam a unha do polegar), ou nos chama-marés, com o polegar abaixo da face do caranguejo, imobilizando a base do braço maior. Nos chama-marés, a manipulação é bem fácil, porque você só vai ter que se preocupar com a quela maior do macho.

Só um lembrete bastante óbvio, mas caranguejos não têm veneno, a sua “pegada” pode ser bastante dolorosa, mas não passa disso. Se algum te agarrar com a garra, não precisa se desesperar. Chacoalhar a mão é uma péssima idéia, porque muitos caranguejos usam autotomia, se auto-mutilando e destacando a quela que está agarrando o agressor. Esta garra continua fechada no seu dedo, por um reflexo muscular, e precisa ser aberta à força. A melhor opção é suportar a dor, e, ainda segurando a carapaça do caranguejo com a outra mão, encostar seus pés no solo, mantendo a outra mão imóvel. Depois de um tempinho, o caranguejo se sentirá mais seguro, e soltará sua mão. Se preferir, não continue segurando-o com a outra mão. Assim, ele solta seu dedo mais rápido, mas também vai fugir logo em seguida.







Os manguezais também têm outros invertebrados interessantes além dos caranguejos. Aqui, duas espécies de gastrópodes semi-aquáticos. Na primeira foto, Littorina angulifera (Caracol-da-folha) em Aquiraz (CE), e na segnda foto, Melampus coffea (Cafezinho-do-mangue) em São Sebastião (SP).


 

Na nossa seção de galeria de fotos, existe um álbum com fotos de uma visita que fiz na região norte de  Ubatuba  (SP), por um período de duas semanas. Embora o álbum inclua visitas a riachos, ele dá uma ótima idéia da extraordinária biodiversidade dos manguezais do nosso país. Avise-nos se fizer uma expedição semelhante, será um prazer publicar suas fotos!


 

Bibliografia:

  • Schaeffer-Novelli, Y. (2001) - Situação Atual do Grupo de Ecossistemas: “Manguezal, Marisma e Apicum” Incluindo os Principais Vetores de Pressão e As Perspectivas para sua Conservação e Usos Sustentável. www.bdt.org/workshop/costa.


Todas as fotografias deste artigo são de autoria de Walther Ishikawa, e estão licenciados sob uma Licença Creative Commons.

Artigo publicado em 08/02/2014, última atualização em 24/01/2017.
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