artigo publicado em 24/03/2014, última atualização em 09/04/2022
Diferenciando Pitus e Camarões-Fantasma:
Mitos e Verdades
Um relato trágico, bastante comum em fóruns de aquarismo,
é de colegas que compram pequenos camarões transparentes, supostamente vendidos
como “camarões-fantasma”, que crescem e viram monstrinhos de garras grandes,
dizimando a população do aquário.
Já vi várias regras para fazer essa distinção entre os
famigerados “pitus” e os dóceis “camarões-fantasma”, muitas delas sem fundamento.
Este artigo tenta colocar alguma luz nessa discussão, sobre esse assunto tão
obscuro e ao mesmo tempo tão importante.
Pitu (Camarão-canela) Macrobrachium acanthurus, devorando um Neon Chocolate. Foto de Walther Ishikawa.
Taxonomia:
Então vamos por partes: Aqui iremos abordar os camarões
dulcícolas da subfamília Palaemoninae, que no Brasil inclui os gêneros Macrobrachium (21 espécies,
incluindo a espécie invasora “camarão gigante da Malásia”), Palaemon (cinco espécies) e Pseudopalaemon (cinco espécies). Existem
outros camarões dulcícolas no Brasil (Atya,
Potimirim, Euryrhynchus, etc), mas pela sua morfologia são facilmente
distinguíveis deste grupo.
Vamos dividir estes camarões em três grandes grupos:
Pitu: camarões grandes e agressivos, de poderosas
garras, depois de crescidos irão certamente atacar seus peixes. Na realidade, o
nome “pitu” se refere somente à espécie M.
carcinus, mas na prática é um nome popular usado em aquarismo para denominar
todos aqueles grandes camarões agressivos de garras bem desenvolvidas. Neste
artigo, o termo “pitu” será usado desta forma, mesmo cientes desta imprecisão.
Camarão-fantasma: assim como “pitu”, também é um
nome bastante genérico, não é específico de uma única espécie, mas engloba
vários camarões que têm em comum seu aspecto transparente e pequenas dimensões.
Podem ser criados com segurança com peixes. Alguns maiores podem atacar
invertebrados muito pequenos, como caramujos e camarões-anões.
Intermediário: como o nome diz, um padrão
intermediário entre os dois grupos anteriores. Tamanho pequeno a médio, mas com
garras desenvolvidas. Podem ser criados com peixes maiores.
Note que esta classificação é totalmente arbitrária,
especialmente quanto ao grupo “intermediário”. Um grupo bastante interessante,
de camarões de médio porte que podem ser mantidos com peixes maiores, talvez no
futuro ganhe um artigo específico. Temos como alguns exemplos o Macrobrachium candango, Macrobrachium potiuna e Macrobrachium iheringi. Fêmeas de
algumas espécies tipicamente “pitus” também se encaixam neste perfil, como a fêmea
do Macrobrachium olfersii.
Macrobrachium potiuna, criado em um aquário comunitário plantado, foto de Ricardo
Hellmann.
Macrobrachium olfersii, fêmea ovada em um aquário
comunitário. Foto de Walther Ishikawa.
O gênero Macrobrachium
é o mais numeroso deste grupo, seu nome significa “braços grandes”, o que
de cara remete à imagem típica de um “Pitu”. Porém, existem três Macrobrachium que têm menores dimensões
e garras pouco desenvolvidas, mais pacíficos, e que podem ser mantidos em
aquários comunitários. São os chamados “camarões-fantasma”, tradução do nome em
inglês “ghost shrimp”, devido ao seu aspecto transparente. São o M. jelskii, a forma continental do M. amazonicum, além do M. depressimanus (bem raro). Todos os Palaemon e Pseudopalaemon também podem ser incluídas neste grupo.
Na internet (e mesmo em literatura científica) ainda se
encontra bastante referência ao gênero Palaemonetes.
Porém, análises moleculares recentes (2013) invalidaram este gênero,
considerando-o um sinônimo menor de Palaemon.
O Macrobrachium
depressimanus foi somente descrito recentemente no Brasil, é uma espécie típica
peruana, no Brasil é encontrado somente na região amazônica. Da mesma forma,
diversos Palaemon e Pseudopalaemon têm sua distribuição somente
na região continental da floresta amazônica, sendo desta forma bem improvável
sua comercialização no Brasil como “camarão-fantasma”.
Todas
as demais espécies de Macrobrachium pertencem
ao grupo dos “pitus” ou ao padrão “intermediário”, inclusive a forma costeira
do M. amazonicum.
Macrobrachium candango, foto de Cleidson Silva.
Um pequeno parênteses em relação à questão do Macrobrachium amazonicum “continental” e
“costal”. Muitos Macrobrachium
apresentam morfotipos diferentes, com variações dentro de uma mesma espécie na
sua dimensão, coloração, tamanho das quelas, etc. Este fato é bem conhecido no
“camarão da Malásia” M. rosenbergii. Das
espécies brasileiras, isto é bem documentado no M. amazonicum , onde são descritas quatro morfotipos, desde uma
forma pequena com quelípodos translúcidos e pouco desenvolvidos (denominada TC)
até uma forma maior, com quelas escuras, mais robustas e bem desenvolvidas
(GC2). É uma espécie bastante usada em carcinicultura na região nordeste, onde
é conhecido como “camarão-da-amazônia”. Populações costais (usadas em
carcinicultura) apresentam todos os quatro morfotipos, mas populações
continentais são compostas somente dos morfotipos menores. Existem várias
outras diferenças entre as duas populações, como comportamento, dependência de
água salobra para reprodução, tamanho de ovos, etc, e por este motivo, na
galeria de espécies do nosso website estão em dois artigos separados. Mas
trata-se da mesma espécie, já estudada por análises moleculares, e capazes de
se entrecruzarem. Recentemente foi proposta uma nova espécie para uma
sub-população continental (Macrobrachium
pantanalense), mas ainda carece de confirmação.
Macrobrachium amazonicum, exemplo da
forma costal da espécie. No detalhe, os quatro morfotipos. Imagem cedida pelo
Prof. Dr. Wagner Cotroni Valenti (CAUNESP).
Macrobrachium
amazonicum, forma continental, fêmea
ovada. Foto de Felipe Aoki.
Assim, na prática, terminamos com seis espécies que
poderiam ser classificadas como “camarão-fantasma”:
- Macrobrachium amazonicum (forma continental)
- Macrobrachium jelskii
- Palaemon argentinus
- Palaemon ivonicus
- Palaemon pandaliformis
- Pseudopalaemon bouvieri
Os "fantasmas" amazônicos que não foram incluídos neste artigo (por serem bastante improváveis de serem encontrados nas lojas) são os seguintes:
- Macrobrachium depressimanum
- Palaemon carteri
- Palaemon mercedae
- Palaemon yuna
- Pseudopalaemon amazonenses
- Pseudopalaemon chryseus
- Pseudopalaemon gouldingi
- Pseudopalaemon nigramnis
Vejamos agora algumas regras práticas que freqüentemente
são comentados em fóruns eletrônicos, e numa análise crítica, vamos checar sua
validade:
O mito mais
importante a ser derrubado: “Camarões pequenos e transparentes com garras
pequenas são Fantasmas”:
Parece ser verdade, não? O grande problema desta regra é
que todos os camarões palaemonídeos têm este aspecto quando filhotes. Inclusive
os grandes “Pitus”. O simples fato de o camarão ser pequeno, transparente e sem
garras naquele momento não garante
que não seja um “Pitu”.
Pode parecer óbvio, mas a única regra que sempre funciona
é o inverso desta: Se o camarão tem garras grandes, é um “pitu”, e não pode ser
colocado no aquário com outros animais.
Macrobrachium
acanthurus, na primeira foto, um juvenil vendido como "fantasma". Na segunda foto, o camarão adulto. Fotos de Walther Ishikawa e Melo Salazar.
Macrobrachium
olfersii, juvenil e adulto. Fotos de Fernando Barletta e Walther Ishikawa.
O mito do “A forma
de saber se são filhotes ou adultos é procurar fêmeas ovadas”:
Esta
é uma dica que se fala frequentemente, de pessoas que sabem da regra anterior: A
de que a identificação é difícil quando se trata de filhotes. Assim, uma forma
de saber se são “fantasmas” ou “pitus” juvenis seria simplesmente saber se
aqueles camarões já são adultos ou não. Se forem adultos, daria pra confiar na
sua análise morfológica. Se forem juvenis, podem ser “pitus” que ainda não
cresceram e desta forma ainda não desenvolveram suas poderosas garras.
Geralmente esta regra funciona, se não houver nenhuma fêmea com ovos, realmente
é arriscado colocá-los no aquário. “Fantasmas” são espécies bem prolíficas,
inexistindo fêmeas ovadas, mais provavelmente são “pitus” jovens.
A regra está 99% correta. Mas
existe uma pequena falha, que é o fato de algumas espécies atingirem
maturidade sexual precocemente, ainda com pequenas dimensões, produzindo ovos. São
bem conhecidas três espécies onde ocorre este fenômeno, e são justamente as
três espécies mais problemáticas: o M.
acanthurus (“camarão-canela”, o “pitu” mais comumente encontrado à venda),
o M. amazonicum costal (bastante
usado em carcinicultura), e o M.
rosenbergii (“gigante da Malásia”). Só como exemplos, as fêmeas do M. acanthurus atingem 11 cm, mas
produzem ovos a partir de 3,6 cm. O M.
amazonicum atinge 11 cm, mas produz ovos a partir de 5,0 cm. Desta forma,
não é raro de se encontrar pequenas fêmeas M.
acanthurus em lojas, já ovadas, confundindo a cabeça de aquaristas
desavisados.
Uma
observação interessante é a de que estas três espécies têm reprodução
primitiva, produzindo numerosos ovos pequenos. Assim, a regra só não funciona
para camarões de reprodução primitiva: Se você encontrar fêmeas ovadas com padrão abreviado (ovos grandes e pouco numerosos), certamente se trata de um adulto (camarão-fantasma!).
Dois "fantasmas" com padrão reprodutivo distinto: acima, um Palaemon pandaliformis, reprodução primitiva (ovos pequenos e numerosos); abaixo, um Macrobrachium jelskii, reprodução abreviada (ovos grandes e pouco numerosos). Fotos de Chantal Wagner e Cleidson Silva.
O mito do “Camarões
coletados longe do mar são Fantasmas”:
Essa regra geralmente funciona. A grande maioria dos
“pitus” que são comercializados (aquarismo, isca de pesca ou carcinicultura) é
das espécies M. amazonicum (costal), M. acanthurus, M. carcinus e M. olfersii,
além da espécie exótica “camarão gigante da Malásia”, e todas elas necessitam
de água salobra para se desenvolverem nos estágios larvais. Assim, não são
coletados em águas continentais. Em distâncias superiores a 50 quilômetros do
litoral, é bem improvável a ocorrências destes camarões que dependem de água
salobra para completar seu ciclo de vida.
Porém, não é uma regra 100%. Várias espécies com
aparência de “pitu” têm todo seu ciclo de vida em água doce, destes o mais
importantes é o M. brasiliense, de
ampla distribuição no país. Muitas espécies amazônicas grandes e agressivas
também têm este padrão.
Macrobrachium
brasiliense, um "pitu" que habita riachos continetais, longe do litoral. Foto de Rony Suzuki.
O mito do “Rostro
longo e curvado para cima é o Macrobrachium
jelskii, um Fantasma”:
O rostro é aquele grande espinho na sua região cefálica,
entre os olhos. Se seu camarão tem um rostro longo, fino e curvado para cima,
há grande chance de se tratar de um fantasma, já que as três espécies mais
comumente encontradas nas lojas têm este aspecto: O M. jelskii, o M. amazonicum
continental e o P. pandaliformis.
Entretanto, existem dois outros camarões “pitu” com o
rostro deste aspecto: o M. rosenbergii
e a forma costal do M. amazonicum. Embora
não tão longo quanto estas espécies, o M.
acanthurus tem um rostro relativamente alongado, podendo levar a confusões.
Palaemonídeos encontrados no Brasil com o rostro longo. os três primeiros são "fantasmas", e os três últimos "pitus". O Macrobrachium acanthurus não tem o rostro tão longo, mas em alguns espécimes pode haver confusão, como este da foto. Fotos de Minoru Nagayama, Solange Nalenvajko e Walther Ishikawa.
Concluindo: E
então, como faço??
Tenho um camarão pequeno, transparente e com garras
pequenas e delicadas. Ou seja, com aspecto
de um Camarão-fantasma. Como faço para saber se é um “fantasma” ou um “pitu”
juvenil? Abaixo, uma proposta de chave de identificação, baseada inicialmente no padrão reprodutivo, e então no aspecto do rostro e espinhos da carapaça. Como já
mencionado, esta chave não inclui todos os palaemonídeos brasileiros, por uma
questão prática, foram excluídas espécies com distribuição geográfica restrita
à região amazônica central.
Chave de
identificação de camarões com aspecto de “fantasma”:
1 Ovos grandes (1,0~1,5 mm) e pouco numerosos ......... Camarão- fantasma! .......................... 2
1´ Ovos pequenos (0,5~1,0 mm) e numerosos .................................................................... 3
2 Rostro bem longo e delgado, com ápice curvado para cima ......... Macrobrachium jelskii (rostro típico)
2´ Rostro pouco mais longo do que o escafocerito, leve curvatura para cima .............................. 4
Macrobrachium jelskii, com seu típico rostro, longo e com ápice curvado para cima. Foto de Felipe Aoki.
Nota: Sempre analisar com cuidado o rostro, checando a possibilidade de rostro longo danificado em regeneração.
3 Rostro bem longo e delgado, com ápice curvado para cima ............................................... 5
3´ Rostro longo, do comprimento próximo ao escafocerito ............................................... 6
Espinhos na carapaça de palaemonídeos. Na primera foto, Palaemon pandaliformis, mostrando o espinho antenal e branquioestegal. Na segunda foto, Macrobrachium acanthurus, mostrando o espinho antenal e hepático. Fotos de Chantal Wagner e Walther Ishikawa.
4 Espinho hepático presente, espinho branquiostegal ausente; primeiro dente do rostro atrás da órbita
........................................................... Macrobrachium jelskii (rostro curto)
4´ Espinho hepático presente, espinho branquiostegal ausente; primeiro dente do rostro sobre
a margem posterior da órbita ..................................... Pseudopalaemon bouvieri
4´´ Espinho hepático ausente, espinho branquiostegal presente; primeiro dente do rostro atrás da órbita
................................................................................. Palaemon ivonicus
Macrobrachium jelskii, variedade de rostro curto. Note a posição do primeiro dente rostral, atrás da orbita. Note também os ovos, com padrão abreviado. Foto de Cleidson Silva.
Pseudopalaemon bouvieri, note a posição do primeiro dente rostral, junto à margem posterior da orbita. Ovos grandes e pouco numerosos. Foto de Mario Gervasi.
Palaemon ivonicus, note a posição do primeiro dente rostral, atrás da orbita. Veja também os ovos, grandes e pouco numerosos. Foto de Mustafa Ucozler.
Nota: Embora pouco descritas na literatura científica, existe uma variação do M. jelskii de rostro mais curto, relativamente comum no comércio aquarista. É quase certo que se trata realmente de um M. jelskii, inclusive com alguns relatos de cruzamento com a forma de rostro longo. Existe a possibilidade mais remota de se tratar de uma variante menor e mais pacífica do M. borellii, dado que a morfologia (inclusive do rostro) é compatível com esta espécie. Outro dado que fala contra esta segunda espécie é a de que a distribuição geográfica do M. borellii é bastante restrita, sendo encontrada somente no Rio Grande do Sul.
5 Espinho
hepático ausente, espinho branquiostegal presente ................ Palaemon pandaliformis
5´ Espinho
hepático presente, espinho branquiostegal ausente .............................................. 7
Palaemon pandaliformis, foto de Chantal Wagner.
Nota: nem sempre a análise dos espinhos da carapaça é fácil, ainda mais com camarões pequenos e transparentes. A dica é separar o camarão em um aquário menor e analisar com uma lupa, ou uma câmera com recurso macro. Particularmente o espinho branquiostegal é bem difícil de ser caracterizado, a dica é se atentar à margem anterior lateral da carapaça. O espinho hepático é mais fácil de ser visto, especialmente numa visão diretamente de cima, contra um fundo escuro. Na prática, é mais simples checar a presença ou ausência do espinho hepático, e aplicar a chave.
Visão dorsal de palaemonídeos, mostrando a presença do espinho hepático. Na primera foto, Macrobrachium jelskii mostrando a presença do espinho hepático neste gênero, e na segunda foto, Palaemon pandaliformis, mostrando a ausência deste espinho. Fotos de Rafael Senfft e Solange Nalenvajko.
6 Espinho
hepático ausente, espinho branquiostegal presente .......................... Palaemon argentinus
6´ Espinho
hepático presente, espinho branquiostegal ausente .................... Macrobrachium
acanthurus
Palaemon argentinus, foto de Romina Arakaki. Note seu rostro reto e alto, típico desta espécie.
Macrobrachium acanthurus juvenil, a espécie de "pitu" mais comumente vendido como "fantasma" nas lojas brasileiras. Foto de Walther Ishikawa.
Nota: Acima, foi proposta a chave que julgamos mais confiável. Porém, na prática, é pouco provável que haja confusão entre o P. argentinus e M. acanthurus. A primeira espécie é bem incomum nas lojas do Brasil (ocorre somente em SC e RS), embora comum nas lojas da Argentina, Paraguai e Uruguai. São bem pequenos e transparentes. O Macrobrachium acanthurus é a espécie que mais frequentemente é vendida por engano como "fantasma" no Brasil. São mais robustos, e apresentam padronagens miméticas mais escuras no corpo, o que não ocorre de forma tão marcada com o P. argentinus. Na prática, a confusão que pode haver é mais com o M. jelskii e M. amazonicum, e pode ser facilmente diferenciado usando-se esta chave.
7 Rostro com
dois dentes dorsais atrás da órbita ....................... Macrobrachium rosenbergii
7´ Rostro com
um dente dorsal atrás da órbita .......................... Macrobrachium amazonicum
Nota: A dentição do rostro
seria a forma mais correta de diferenciar estas duas espécies. Mas na prática a
distinção é bem simples, porque juvenis do M.
rosenbergii só são totalmente transparentes quando bem pequenos. Eles
rapidamente desenvolvem padronagens típicas que permite esta distinção facilmente. No momento que estiverem ovadas (mesmo em fêmeas com amadurecimento precoce), já irão apresentar sua padronagem típica, com rostro vermelho e faixas escuras longitudinais na carapaça.
Macrobrachium rosenbergii juvenil, na primeira foto ainda bem pequeno, transparente, facilmente confundido com um "fantasma". Na segunda foto, um juvenil um pouco mais desenvolvido, já com coloração e padronagem típica. Note também nas duas fotos, os dois dentes rostrais atrás da órbita. Fotos de Walther Ishikawa.
Nota: Diferenciar espécimes
das populações “costal” e “continental” do M.
amazonicum não é possível baseado em características externas. E,
infelizmente, uma delas se encaixa no perfil “fantasma”, e a outra no “pitu”. A
quase totalidade dos M. amazonicum comercializados
são “fantasmas”. Para espécimes coletados, a distribuição ajuda, já que formas
costais habitam somente riachos próximos do litoral, e são encontradas somente
na região Norte e Nordeste do país.
Veja a segunda parte do artigo aqui